Porque troquei as garrafas de plásticos pela Sigg

Como sabem, tenho tentado efectuar algumas pequenas mudanças no meu dia-a-dia para minimizar a minha pegada ecológica. Um dos piores hábitos que tenho é usar garrafas de 25 ou 33cl, por dia, para beber água. Compro imensas garrafas e, apesar de as pôr sempre na reciclagem, tenho consciência que este meu hábito tem implicações graves no ambiente.

A minha preocupação relativamente à indústria da água engarrafada surgiu quando vi, no Youtube, o vídeo “The Story of Bottled Water”:



Eu, tal como uma boa futura cientista, sou muito curiosa e gosto de aprofundar determinadas questões! Acabei por descobrir várias coisas que me chocaram. Não só pela gravidade da situação como por tomar consciência, cada vez mais, de que a ignorância é realmente muito perigosa.

Para além de tudo o que é dito no vídeo, também já tinha lido que reutilizar garrafas de plástico pode apresentar um risco para a nossa saúde. Voltei a pesquisar sobre este tema e descobri que o antimónio, que é usado na concepção do polímero das garrafas de plástico PET, pode tornar-se tóxico quando participa em determinadas reacções, o qual se acumula na água que a garrafa contém.

Este semestre, numa aula sobre suplementos alimentares e vitaminas, tinha aprendido que, à excepção dos fármacos, todos os produtos colocados à venda para consumo, sejam água, alimentos sólidos, suplementos, etc. não passam por qualquer legislação, ou pelo menos não por uma legislação tão rigorosa, como acontece com os fármacos pela Infarmed. Mas em qualquer alimento, em qualquer cosmético, podem ser encontradas substâncias tóxicas, ou que a partir de determinada quantidade se tornam tóxicas, para o nosso organismo, que não tem a capacidade de se “livrar” de todas elas!

Como tal, no caso do antimónio, também não existe legislação a respeito dos teores máximos aceitáveis nas garrafas PET utilizadas para armazenar alimentos mas foi estabelecido que, para a água ser considerada água potável, os níveis limites de antimónio considerados seguros são de 5 mg por litro, segundo a CCE, e de 20 mg por litro, segundo a OMS. Valores que não me parecem nada conclusivos dado que um deles é quatro vezes superior ao outro...

Pondo de lado esta questão mais ambígua, sempre que se reutiliza uma garrafa de plástico, vão-se acumulando bactérias, sendo o gargalo a zona da garrafa mais susceptível dado que ocorre contacto directo com a boca e por não ser assim tão fácil de limpar.


Entretanto resolvi comprar uma garrafa Sigg e ao pesquisar sobre estas descobri que as próprias garrafas Sigg, fabricadas até Julho de 2008, continham bisfenol A (BPA), tão prejudicial à saúde que a sua utilização já foi proibida em vários países!
Mas nem tudo são más notícias! A Sigg reconheceu, humildemente, o seu erro (vejam aqui) e facilitou a troca de todas as garrafas Sigg que continham BPA até 2010.


Ao meu lado já tenho a minha, livre de BPA. E bem bonita por sinal! ;)


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