A
leitura de Winning the Clutter War de Sandra Felton continua a grande
ritmo e apesar de ainda não ter chegado ao fim do livro já comecei a pôr
algumas ideias em prática.
Uma
das maiores dificuldades que sempre tive na arrumação foi por onde
começar. No meio de tanta tralha sinto-me desorientada. O que
funcionaria melhor? Tirar tudo dos móveis, esvaziar todas as prateleiras
e gavetas e começar a arrumar? Já tentei fazer isto mas o resultado foi
desastroso. É impossível arrumar tanta coisa num só dia. No caso da
divisão em questão ser o quarto, implica dormir no meio da (ainda maior)
confusão, não sei quanto a vocês mas eu não consigo dormir assim.
Também já tentei por secções. Por exemplo, começo numa prateleira e vou
guardando os objectos que vou encontrando no sítio deles. Mas ups, a
verdade é que no meio da confusão eu não tenho um sítio específico para
cada tipo de objecto...
Na realidade, já comecei a destralhar centenas de vezes mas o que é certo é que nunca cheguei a lado nenhum.
Voltando
à leitura. Já tinha encontrado algumas dicas sobre a melhor forma de
conduzir a limpeza da casa. Segundo Kristi Mailloux, presidente da
empresa Molly Maids, a limpeza e arrumação da casa deve ser feita na
direcção da porta de casa até à divisão mais distante e, em cada
divisão, da esquerda para a direita. Desta forma, nada fica esquecido.
Sandra Felton também fala desta técnica e eu decidi aplicá-la ao meu quarto.
Pus-me
à porta do quarto e olhei em frente. Antes de entrar realmente na zona
de dormir tenho a porta da minha casa-de-banho. Mais valia mesmo começar
por um local mais pequeno e que tivesse menos coisas para não
desanimar. Fui buscar um saco para o lixo, luvas para proteger as mãos,
um esfregão, um pano de limpeza, vinagre, detergente de loiça e Cillit Bang (para tirar as manchas negras da humidade do mármore, funciona mesmo!).
Deitei
fora vários produtos que estavam praticamente no fim, há já uns anos, e
que ia deixando estar porque afinal de contas tinha custado dinheiro. E
esta foi a primeira questão que surgiu: muitas vezes acumulo coisas e
tenho dificuldade em deitá-las fora porque me custaram dinheiro. Deitei
umas cinco embalagens de cremes fora, duas embalagens de champô, uma
embalagem de creme de depilação, pinças e corta-unhas com ferrugem e
amostras fora de validade. Deitei também fora as minhas sandálias
douradas que já tinham anos e que se auto-desfaziam, uns chinelos de
casa já rasgados mas que me custava eliminar por terem vindo do Bali e
um brinquedo de criança, uma alcofa de plástico de um boneco da minha
mãe que agora utilizava para pôr algumas amostras de perfume.
Em
cima da bancada da casa-de-banho restavam apenas as coisas essenciais, o
sabonete, a escova de dentes, a pasta de dentes e o copo, o gel de
limpeza facial, o tónico, a escova de cabelo, o pente, o creme da cara
da manhã e nocturno e o elixir. Faltava limpar. Quando dei por mim
estava a fazer o costume, a esfregar desalmadamente para deixar tudo a
brilhar, tudo ‘perfeito’. Assim que dei conta disso parei e pensei só
quero atingir o bom, uma nota 7 de 0 a 10 e não a nota 10. Além disso,
vou precisar do tempo que iria demorar a atingir o 10 para arrumar e
limpar outras coisas bem mais urgentes.
Custa
fazer algumas alterações, mudanças no pensamento e na acção que surgem espontaneamente mas a verdade é que em 30-40 minutos atingi um
patamar de organização que a minha casa-de-banho nunca teve até hoje. Ainda
faltam duas prateleiras que tenho na parede e entretanto surgiu-me uma
ideia: guardar tudo o que tenho repetido numa caixa de plástico no
armário debaixo do lavatório e ter uma folha com o stock anotado para
evitar comprar coisas duplicadas.
Eu ando com o problema de tirar tudo para fora da divisão e depois ser tanta coisa que não sei como voltar a colocar tudo lá dentro... mesmo deitando algumas fora! Vou continuar a ver mais uns posts aqui do blog, a ver se se faz luz! :)
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