Próximo Desafio: Metropolitano de Lisboa

Passaram talvez uns 15 dias desde que aqui escrevi mas hoje retorno com algumas novidades. Lembram-se deste post?

Quando o escrevi, faltava-me ultrapassar um grande desafio relativamente a pontes: a ponte 25 de Abril. Já tinha conduzido em algumas, relativamente bem, mas mesmo assim não acreditava que algum dia viesse a ser possível. Sentia-me até um pouco tonta quando escrevi sobre isso, pensava “conduzir na ponte 25 de Abril? A quem é que eu quero enganar?!?!!”.

Mas a verdade é que já consegui! Desde então já conduzi umas cinco vezes e, pondo de parte alguma ansiedade, principalmente entre a metade e os 3/4 do vão, até correu bastante bem. 


Como me preparei para enfrentar esta fobia?

Como sabem fui utilizando imagens da ponte para dessensibilizar e fui tentando conduzir em pontes mais baixas e de menor extensão. Mas outra coisa que acho que ajudou bastante foi a postura que decidi ter relativamente a este desafio nas últimas 24 horas antes da travessia. Decidi fazer uma coisa bem diferente do habitual. Em vez de me preparar psicologicamente, mentalizei-me que não ia conduzir sobre a ponte. Isso mesmo! Portanto, se não ia a lado nenhum, não tinha de me preocupar com o dia seguinte. Acho que desta forma evitei a evolução de uma bola de neve para uma bola gigante que me bloqueia. 

Durante o caminho até à ponte convenci-me de que ia apenas guiar até lá e antes de fazer a travessia, trocava de lugar com o meu namorado. Evitei assim a alteração para uma respiração mais rápida e o acelerar do coração. Assim que entrei na ponte propriamente dita pensei apenas que a qualquer momento que me sentisse mal encostava o carro e trocava de lugar (eu sei que é proibido parar na ponte mas penso que ter um ataque de pânico insere-se na definição de situação de emergência! Antes parar o carro que causar um acidente…).

Até meio da ponte lá fui andando, relativamente bem. Quando me aproximava mais do final, comecei a ficar ansiosa porque parecia que estava quase do outro lado mas, ao mesmo tempo, não havia maneira de lá chegar. Os segundos começaram a parecer bem maiores e comecei a sentir o corpo mais tenso e a respiração mais rápida. Pedi ao meu namorado para colocar a mão dele em cima da minha, que estava na manete de mudanças, e acalmei um pouco com o toque dele. Assim que dei por mim estava a sair da ponte e a emoção que senti foi tão intensa que enquanto conduzia só queria saltar ao mesmo tempo e chorava de alívio. Foi um dos momentos mais felizes da minha vida!

Entretanto já atravessei a ponte mais umas vezes e no final deste mês vou repetir a proeza! 

[daqui]

Há poucos dias decidi utilizar o mesmo método para recomeçar a andar de metro. Já coloquei uma imagem do interior de uma carruagem do metro no meu ambiente de trabalho, já comecei a andar de metro com o meu namorado e, entretanto, fiz o passe para andar com ele todos os dias. O desafio final vai ser andar de metro “sozinha”. Vamos lá ver como isto corre…

4 comentários:

  1. Muitos parabéns, Sara :) É esse o espírito.

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    1. Obrigada Sandra. Até agora continuo a andar de metro acompanhada mas da última vez que andei várias paragens já fui sentada na carruagem (custa-me mais ir sentada, longe da porta de saída) e agarrada somente a um livro que tinha acabado de comprar (porque normalmente também tenho de ir agarrada ao meu namorado) e sinto que pelo menos já fiz um avanço! :D

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